O governo dos Estados Unidos está oferecendo uma recompensa de até 10 milhões de dólares para quem fornecer informações que ajudem a desmantelar as redes financeiras do grupo terrorista Hezbollah, especialmente na Tríplice Fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai.
O alerta foi feito no X pelo programa Rewards for Justice, ligado ao Departamento de Estado.
O grupo libanês é acusado, pelo governo do presidente americano, Donald Trump, de movimentar milhões de dólares na região através de uma ampla rede de atividades ilegais — que inclui lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando de petróleo, carvão, diamantes, cigarros e produtos de luxo, além de falsificação de documentos e moedas.
Os investigadores americanos também tentam pistas sobre empresas e investimentos ligados ao grupo, inclusive negócios de fachada usados para importação, exportação e até venda de imóveis.
Segundo o Departamento de Estado, as denúncias podem ser feitas em sigilo pelos canais de atendimento do governo americano.
Relatórios dos EUA apontam que o Hezbollah também conta com apoio financeiro e logístico do Irã, aliado histórico da organização. Segundo as estimativas do Departamento de Estado, o grupo arrecada cerca de US$ 1 bilhão por ano — entre ajuda estatal, negócios internacionais, redes de apoiadores e esquemas ilegais.
O programa Rewards for Justice já pagou mais de 250 milhões de dólares em recompensas desde sua criação, em 1984.
Os Estados Unidos apostam que as denúncias sobre a atuação do Hezbollah na América do Sul possam enfraquecer a estrutura financeira da organização.
