Paralisação completa 38 dias e reduz operações em aeroportos, provocando atrasos e cancelamentos que pode impactar mais de 260 mil passageiros
O shutdown do governo dos Estados Unidos completa 38 dias nesta sexta-feira (7/11). A paralisação começou após o Congresso não chegar a um acordo para aprovar o orçamento federal dentro do prazo.
Sem verba liberada, o governo fica impedido de pagar parte dos servidores e manter serviços públicos funcionando normalmente.
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Avião impedido de decolar em Congonhas

Donald TrumpReprodução: CNN Brasil

Passaporte dos Estados UnidosReprodução: Reddit/@Low_Syllabub_1000
No centro da discussão está um impasse envolvendo programas de saúde. De um lado, democratas defendem a renovação de benefícios sociais; do outro, republicanos, aliados de Donald Trump, pressionam para que o tema seja debatido de forma separada do orçamento. Sem consenso, a paralisação continua.
Com a falta de recursos, profissionais que atuam em áreas essenciais, como controladores de tráfego aéreo e agentes de segurança, seguem trabalhando, porém sem receber salário.
A redução de equipes provocou faltas, atrasos e afastamentos, o que levou à limitação das operações nos aeroportos. Segundo o secretário de transportes, Sean Duffy, a determinação é de cerca de 4% dos voos sejam cancelados nesta sexta-feira (7/11).
Efeito dominó
A previsão é de que esse número possa chegar a 10% em apenas uma semana, afetando os 40 maiores aeroportos do país. Cerca de 1.800 voos cancelados por dia, impactando mais de 260 mil passageiros, justamente no período que antecede o feriado de Ação de Graças, um dos mais movimentados do ano.
Além da aviação, parques nacionais, museus e serviços administrativos também podem operar de forma reduzida ou permanecer fechados. Já setores considerados essenciais, como segurança interna e atendimento emergencial, seguem funcionando, porém com capacidade limitada.
O governo permanece parcialmente paralisado até que Congresso e Casa Branca avancem nas negociações para a aprovação do orçamento federal. Vale ressaltar, que não é a primeira vez que o shutdown acontece nos EUA:
Já somam 15 paralisações desde 1981, com trabalhadores passando pelas mesmas situações. O último ocorreu em 2019, no primeiro mandato de Trump, no período de 35 dias, provocando filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos, fazendo as autoridades reduzirem o tráfego de voos em Nova York.