Desde que Everton Ribeiro compartilhou em suas redes sociais que operou um câncer de tireoide, os comentários de apoio encheram todas as plataformas, junto à pergunta mais feita pelos torcedores do Bahia: quando ele volta? Ainda que não seja possível determinar uma data, uma vez que a recuperação varia de caso para caso, as expectativas são boas para o câncer mais curável que existe – e outros atletas são prova disso.
Um dos maiores exemplos é Dani Lins, levantadora do Sesi-Bauru que passou pela mesma situação do capitão tricolor. Diagnosticada com câncer de tireoide a partir de um exame de rotina feito em março deste ano, a jogadora de vôlei passou por cirurgia e voltou a jogar na Superliga em um tempo impressionante: menos de duas semanas.
Tudo sobre Esportes em primeira mão!
Leia Também:
Ao contrário da grande maioria dos casos de câncer de tireoide, Dani descobriu o tumor a partir de sintomas, ao perceber cansaço e dores musculares além do normal na recuperação pós-jogo. Depois de um período tomando remédios, decidiu fazer exames, e identificou o problema.
Prontamente, a levantadora foi operada, e voltou à academia apenas sete dias depois, voltando a jogar após mais uma semana. A pressa foi devida ao final da primeira fase da Superliga Feminina de Vôlei, que tinha apenas duas rodadas remanescentes quando Dani descobriu o tumor.
Ainda com pontos da cirurgia, a levantadora voltou para disputar o mata-mata, ainda se sentindo cansada mas apta a jogar. O caso de Dani se tornou símbolo de esperança para muitos atletas na mesma condição, inclusive Everton Ribeiro, que chegou a procurar a jogadora para falar da situação, segundo o Globo Esporte.
“Ele mandou uma mensagem para mim no Instagram perguntando como que foi a recuperação. Ainda falou para não falar nada, porque ninguém estava sabendo ainda. Eu pensei: ‘Não vou falar nada porque não sei se é verdadeiro. Já fui hackeada três, quatro vezes no Instagram. Não sabia se era verídico'”, disse Dani ao GE.
Quando o capitão anunciou em suas redes, no entanto, Dani voltou a conversar com ele e explicou tudo: “Falei que cabeça boa é o mais importante. A gente vai recuperar, a gente é atleta. Querendo ou não, a gente tem uma recuperação, uma cicatrização muito melhor. A minha cicatriz foi super tranquila”.
“Então, assim, foca na sua mente, na sua cabeça. Foca na família, fica com um tempinho com eles, já vê que é Deus mandando esse tempinho para descansar. A cabeça tem que estar boa. Eu falo que a nossa mente mexe com o nosso corpo”, completou.
Já operado, Everton tem boas perspectivas de melhora muito em breve, e mostra disposição para voltar aos campos o quanto antes. Prova disso é a maneira como lidou com o tumor até aqui, sem se ausentar do Bahia.
Durante um mês, o capitão jogou diagnosticado, marcando a cirurgia para a pausa da Data Fifa por orientação médica, já que sua vontade era deixar para o final da temporada. Assim, o retorno do atleta não deve demorar a acontecer, dadas as altíssimas chances de boa recuperação.